A participação das Pessoas em Dinâmicas de Excelência Organizacional: Comunicar, Envolver, Agir e Melhorar
A participação das Pessoas em Dinâmicas de Excelência Organizacional: Comunicar, Envolver, Agir e Melhorar
Índice
Nas áreas de Sistemas e Tecnologias de Informação as iniciativas queprocuram o reforço da Qualidade são, frequentemente, reduzidas a visões normativas muito influenciadas por instrumentos de natureza iminentemente operacional e tática (COBIT, ITIL, CMMI e PMBOK) e relegando para segundo plano aspetos importantes de Desenvolvimento Organizacional que sustentam Estratégias de Qualidade e Inovação rumo à Excelência Organizacional. O Programa aqui descrito realça a importância que deve ser dada a estes fatores. Foi realizado numa unidade de TI de uma Instituição Financeira e procurou induzir mudança para, como efeito último, promover ações e despertar comportamentos conducentes à melhoria efetiva da satisfação de Clientes Internos e de Colaboradores. Visou, nesse contexto, atingir objetivos muito específicos de desenvolvimento de uma Cultura de Serviço, de harmonização das práticas de Liderança e de promoção do Envolvimento dos Colaboradores. A inerente intervenção – desenhada e implementada por uma equipa interna, apoiada por consultores, articulada com os responsáveis, suportada por uma Equipa de Agentes de Mudança e patrocinada pela Alta Direção – seguiu, numa perspetiva metodológica, um paradigma de investigação-ação. Efetivamente, não tendo como alvo o desenvolvimento de teorias, mas, fundamentalmente colmatar um gap empírico e um gap metodológico existente num contexto organizacional concreto, este foi o paradigma considerado como mais adequado para o efeito. Como resultado final, a qualidade de serviço melhorou e foram identificadas ações estruturantes potenciadoras de melhorias futuras, as quais foram alvo de implementação subsequente, num segundo ciclo de aprendizagem organizacional. Não sendo estes resultados generalizáveis, consideram-se, no entanto, como passíveis de transposição adaptada a outras Organizações, deles se destacando importantes Implicações para a Gestão, as quais formam a base de relevância deste artigo.
Telmo Henriques holds a Ph.D.’s Advanced Studies Diploma in Information Science and Technology from ISCTE-IUL and a Master degree in Management from Universidade Autónoma de Lisboa. He is Manager at MillennuiumBCP, developing research activities at ADETTI-IUL. His interests are in the areas of Organizational Development & Change and Quality & Organizational Excellence, using Action Research within organizational context.
Henrique O’Neill is Associated Professor at the Department of Information Science and Technology of ISCTE-IUL. He holds a PhD in CIM (Computer Integrated Manufacturing) from the Cranfield University and a MSc in Computers and Electronics Engineering from IST/UTL. His applied research interests are focused in the performance improvement in enterprise collaborative networks, linking advanced management practises with information systems and technologies.
Ajzen, I. e Fishbein, M. (1980). Understanding Attitudes and Predicting Social Behaviour, 2nd. Ed. Prentice Hall. Englewood Cliffs, New Jersey.
Alcobia, P. (2001). Atitudes e Satisfação no Trabalho. In Ferreira, J.M.C., Neves, J, e Caetano, A. (coordenação), Manual de Psicossociologia das Organizações, pp. 531-565. McGraw-Hill Portugal.
Allport, G. (1954). Attitudes in the History of Social Psychology. Handbook of Social Psychology. G. Lindsey and A. Aronson (Eds.), Vol. 39, Reading Mass, Addison-Wesley.
Burke, W. e Litwin, G. (1992). A causal model of organizational performance and change.Journal of Management. Vol. 18, nº 3, pp. 523-545.
Cameron, K. e Quinn, R. (1998). Diagnosing and changing organizational culture: based on the competing values framework. Reading: Addison-Wesley.
Cooperrider, D. e Whitney, D. (2005). Appreciative Inquiry: a Positive Revolution in Change. Berrett-Koehler Publishers, Inc. San Francisco.
Cummings, T. e Worley, C. (2009). Organizational Development & Change, 9th Edition.South-Western Cengage Learning.
EFQM. (2010). Assessing for Excellence. European Foundation for Quality Management.Brussels, Belgium.
Fishbein, M. e Ajzen, I. (1975). Belief, Attitude, Intention and Behaviour: An Introduction to Theory and Research. Reading, Addison-Wesley. Massachusetts.
Henriques, T. (2012) Cultura, Liderança e Envolvimento dos Colaboradores – uma base para alavancar a Excelência Organizacional. Dissertação de Mestrado em Gestão de Empresas, Especialidade em Planeamento e Estratégia Empresarial, Universidade Autónoma de Lisboa, Lisboa, 138 pp.
Herr, K. e Anderson, G. (2005). The Action Research Dissertation – a guide for students and faculty, SAGE.
Hitt, M. e Ireland, R. e Hoskinsson, R. (2009). Strategic Management – Concepts: Competitiveness and Globalization. South-Western Cengage Learning.
Lewin, K. (1951). Field theory in Social Science. Harper & Row. New York. Northouse, P. (2007). Leadership: Theory and Practice. 4th Ed. SAGE Publications.
Shani, A. e Pasmore, W. (1982). Towards a New Model of the Action Research Process. Academy of Management Proceedings, August, 1982.
Tavares, S. (2007). O fenómeno da identificação organizacional: contributos para a sua explicação. Tese de Doutoramento em Psicologia Social e Organizacional, Especialidade em Comportamento Organizacional. ISCTE, 396 pp.
Envolvimento dos Colaboradores, Excelência Organizacional, Investigação-Ação, Liderança