Edição N.º7
Editores
António Ramos Pires, Instituto Politécnico de Setúbal, Portugal
Margarida Saraiva, Universidade de Évora, Portugal
Álvaro Rosa, ISCTE-IUL, Portugal
Índice
HERMENÊUTICA HISTÓRICA DA SUSTENTABILIDADE
Joaquim AlmeidaLisa BrumJulia Discacciati || Luís MendesESTUDO DE CASOS MÚLTIPLOS SOBRE A IMPLEMENTAÇÃO DA CERTIFICAÇÃO EQUASS EM PORTUGAL
Sara Guia || Nuno MelãoINTEGRAÇÃO DE METODOLOGIAS PARA A MELHORIA CONTÍNUA DE PROCESSOS
Helena Navas || David Vilamariz || Virgílio MachadoINVESTIGACIÓN CIENTÍFICA SOBRE COSTES TOTALES DE CALIDAD PUBLICADA EN ESPAÑA
Maria Rio-Rama || Amador Durán-Sánchez || José Álvarez-GarciaRELACIONANDO QUALIDADE DO SERVIÇO, IMAGEM DA INSTITUIÇÃO E SATISFAÇÃO DO UTENTE
Nália Faria || Luís MendesRELAÇÕES INTERPESSOAIS DE QUALIDADE: UM ESTUDO COM ESTUDANTES DO 2º E 3º CICLOS DE ESCOLARIDADE
Maria BizaiINTEGRAÇÃO DE PROJETO ROBUSTO E A PRODUÇÃO NO CONTEXTO DE SPC
Helena Navas || José RequeijoMuitos estudos têm sido feitos sobre as interações entre as iniciativas da qualidade e a mudança cultural nas organizações, estando os resultados, por vezes, muito afastados, desde os que concluíram ser a qualidade um instrumento de mudança cultural, até aos que denunciam a retórica dos especialistas da qualidade, e aos que explicam algumas insuficiências na implementação de sistemas e modelos da qualidade. Isto porque não é seguro que os próprios gestores realizem as suas atividades com a competência e o envolvimento esperados, nomeadamente nos processos de mudança. Por exemplo, alguns concluem que a gestão de topo apela para uma força de trabalho flexível, competente e envolvida, mas que não cria condições para tal, concluindo que a gestão pela qualidade total é incompleta (como modelo de gestão), porque existe uma enorme discrepância entre o que a retórica preconiza e as condições para a implementação. Outros defendem que a dinâmica da cultura e subculturas organizacionais funcionam como força de coesão e que o menosprezo deste facto pode conduzir a que estas se constituam como forças de bloqueio à implementação dos sistemas da qualidade.
A cultura da qualidade surge também muitas vezes como retórica, ao advogar que os procedimentos organizacionais, mais ou menos formais, muito característicos dos populares sistemas de gestão da qualidade ISO 9001, reforçam atitudes e comportamentos limitados às regras e ao controlo, pelo que devem ser abolidos (ou menosprezados) em favor da predisposição para a melhoria contínua e a satisfação dos clientes. A mudança de cultura envolve a reformulação de crenças, valores e sentimentos que são partilhados pelos membros dum grupo ou duma organização, nomeadamente através de símbolos, processos, formas e padrões de comportamento. Mas, esta reformulação corre riscos de falta de eficácia e de suficiência se apenas se basear nos aspetos soft esquecendo, ou menosprezando as técnicas e métodos baseados no conhecimento técnico e científico. Este surge, não só para cimentar perspetivas de várias áreas de intervenção organizacional, mas também para identificar novos caminhos de investigação e progresso. A não se conseguirem mudanças culturais significativas com a implementação de sistemas da qualidade, estes ficarão frágeis, porque pouco interiorizados em valores e deficientemente transpostos para comportamentos de rigor e sofisticação técnica e científica adequados aos níveis de complexidade dos produtos e serviços. Este número oferece importantes trabalhos relacionados com a satisfação dos clientes em diferentes ambientes (estudantes, profissionais e utentes). No que se refere aos estudantes, é abordado o tema das relações interpessoais no caso do 2º e 3º ciclo.
A gestão pela qualidade total nas IPSS é outro tema relevante, quer pela natureza da economia social, quer pela novidade do estudo abrindo boas perspetivas de investigação futura. Numa outra área, são propostas duas abordagens para a integração de várias técnicas e métodos, área cada vez mais importante face à complexidade crescente da envolvente competitiva e dos processos das organizações. Um dos casos mais centrado no Projeto Robusto de produtos, mas interligando com o Controlo Estatístico do Processo, e o outro mais centrado na Melhoria contínua dos processos. Por outro lado, são apresentados dois trabalhos bem distintos, que bem exemplificam o carácter pluridisciplinar da revista. Um sobre e evolução histórica do conceito de sustentabilidade e o outro sobre a investigação científica relativa a custos relacionados com a qualidade em Espanha. Continuamos empenhados em melhorar o site que acolhe a TMQ, nomeadamente na informação aos utilizadores, na aquisição de artigos e da revista na sua totalidade. O ano de 2017 trará novas funcionalidades. O mesmo site disponibiliza já 26 anos da Revista Qualidade, aumentando o conjunto da informação disponível, como já tínhamos enunciado. Continuamos a alojar mais Revistas e Atas de eventos científicos. Renovamos os nossos votos para que esta iniciativa editorial contribua para um maior contacto entre os investigadores e os profissionais do espaço das línguas Portuguesa e Espanhola.
Para terminar, não poderíamos deixar de agradecer a todos os autores que tornaram possível este número. E um especial agradecimento aos revisores pela sua colaboração e apoio.
Nota Final: Sendo a TMQ uma revista em formato digital, relembramos que os autores podem enviar os seus abstracts ou propostas de comunicação de forma permanente (ver instruções para publicação em www.publicacoes.riqual.org), não necessitando de esperar pelos Calls for Papers.
O Editor Coordenador
António Ramos Pires
Lista de Revisores:
Álvaro Rosa, ISCTE-IUL, Portugal
Ana Rolo, Instituto Politécnico de Setúbal, Portugal
António Ramos Pires, Instituto Politécnico de Setúbal, Portugal
Fátima Jorge, Universidade de Évora, Portugal
José Alvarez Garcia, Universidad da Extremadura, Espanha
Júlio Mendes, Universidade do Algarve, Portugal
Margarida Saraiva, Universidade de Évora, Portugal
Maria de la Cruz del Rio-Rama, Universidad de Vigo, Espanha
Lista de Autores:
Amador Durán-Sánchez, Universidad de Extremadura, España
David Vilamariz, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Helena V. G. Navas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Joaquim Armindo Pinto de Almeida, APCER
José Álvarez-García, Universidad de Extremadura, España
José Gomes Requeijo, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Julia Discacciati, Universidade da Beira Interior
Lisa Madruga Brum, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
Luís António Fonseca Mendes, Departamento de Gestão e Economia, Universidade da Beira Interior
María de la Cruz del Río-Rama, Universidad de Vigo, España
Maria Eugénia Bizai, Universidade de Évora
Nélia Paula Santos Faria, Unidade Neonatologia, Unidade Local de Saúde da Guarda
Nuno Filipe Melão, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu
Sara Maria Guia, Centro de Bem-estar e Repouso da Paróquia de Sever
Virgílio A. Cruz Machado, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
Editorial Board:
Álvaro Rosa, ISCTE-IUL
Luís Lourenço, Universidade da Beira Interior
Margarida Saraiva, Universidade de Évora
Patrícia Moura e Sá, Universidade de Coimbra
Paulo Sampaio, Universidade do Minho
Título: TMQ – Techniques, Methodologies and Quality – Edição N.o 7
© RIQUA – Rede de Investigadores da Qualidade
Lisboa, 2016
ISSN: 2183-0940
e-mail: info@riqual.org
www.publicacoes.riqual.org