Qualidade em saúde: da definição de políticas à avaliação de resultados
Qualidade em saúde: da definição de políticas à avaliação de resultados
Índice
Ao nível das políticas de saúde os principais condicionalismos que hoje se colocam prendem-se, entre outros, com: i) as alterações demográficas e envelhecimento da população; ii) a crescente complexidade dos cuidados de saúde; iii) o desenvolvimento tecnológico; iv) o aumento das expectativas dos doentes e; v) os problemas associados ao financiamento, que condicionam, não só o presente, mas sobretudo a sustentabilidade no futuro. Do ponto de vista da qualidade, «o grande desafio» têm a ver com a necessidade de criar com sucesso, um sistema que, de forma coerente e integrada, englobe os múltiplos esforços que, os profissionais e as organizações estão a desenvolver de molde a potenciar os benefícios para os doentes. A avaliação da qualidade dos cuidados prestados, visando a melhoria contínua e o aumento da efectividade dos mesmos, constitui uma finalidade dos sistemas de saúde modernos. Neste contexto, à semelhança do que se passa noutros países, as questões relacionadas com a avaliação, garantia e melhoria contínua da qualidade no sistema de saúde, de âmbito público, privado ou social, assumem cada vez
maior relevância. Melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos e assegurar a todos os utilizadores acesso a cuidados de qualidade, em tempo útil e com custos adequados é, pois, um desafio para os diferentes actores (stakeholders) da saúde.
BERWICK, D.M. (1996). «Payment by capitation and the quality of care». The New England Journal of Medicine, 335: 16 (October 1996), pp 1227-1231.
BEST, M.; NEUHAUSER, D. (2004). «Avedis Donabedian: father of quality assurance and poet».Quality & Safety in Health Care, 13: 6 (2004), pp 472-473.
BISCAIA, J. L. (2002). «Qualidade em saúde: uma perspectiva conceptual», Revista Qualidade em Saúde, 6 (2002), pp 6-10.
BLUMENTHAL, D. (1996). «Quality of health care. Part 4: the origins of the quality-of-care de- bate», The New England Journal of Medicine, 335: 15, pp 1146-1149.
BOWERS, M.R.; SWAN, J.E.; KOEHLER, W.F. (1994). «What attributes determine quality and sat- isfaction with health care delivery», Health Care Management Review, 19: 4, pp 49-55.
BROOK, R. H.; MCGLYNN, E. A.; CLEARY, P.D. (1996). «Measuring quality of care», The New England Journal of Medicine, 335: 13, pp 966-970.
CARNEIRO, A. V. (2003). «Análise de subgrupos em ensaios clínicos terapêuticos», in Carneiro, A.V., ed. lit. – Cardiologia baseada na evidência, Lisboa: Sociedade Portuguesa de Cardi- ologia, pp 209-216.
COMISSÃO EUROPEIA (2000). A qualidade dos cuidados de saúde: actividades hospitalares: re- latório do Grupo de Trabalho para a Qualidade dos Cuidados Hospitalares. Lisboa: Comis- são Permanente dos Hospitais da União Europeia.
DEMING, W. E. (1986). Out of the crisis. Cambridge: Center for Advanced Engineering. Massa- chusetts’ Institute of Technology.
DEMING, W. E. (1994). The Deming management method: the complete guide to quality mana- gement. New York: The Berkley Publishing Group.
DONABEDIAN, A. (2002). An introduction to quality assurance in health care. New York: Oxford University Press.
IMPERATORI, E. (1999). Mais de 1001 conceitos para melhorar a qualidade dos serviços de saúde. Lisboa: Edinova.
JACKSON, S. (2001). «Successfully implementing total quality management tools within health- care; what are the key actions?», International Journal of Health Care Assurance. 14: 4, pp 157-163.
JURAN, J. M. (1989). Juran on leadership for quality. New York: Free Press.
LARSSON, B.W. [et al.], (2005). «International comparison of patients’ views on quality of care», International Journal of Health Care Quality Assurance, 18: 1, pp 62-73.
LEATHERMAN, S. [et al.], (2003). «The business case for quality: case study and an analysis»,Health Affairs, 22: 2, pp 17-30.
MAINZ, J. (2003). «Defining and classifying clinical indicators for quality improvement», Interna- tional Journal for Quality in Health Care, 15: 6, pp 523-530.
MARSHALL, M.N.; DAVIES, H. (2001). «Public release of information on quality of care: how are health services and public expected to respond?», Journal of Health Services Research and Policy, 6: 3, pp 158-162.
MAXWELL, R. (1992). «Dimensions of quality revisited: from thought to action», Quality & Safety in Health Care, 1, pp 171-177.
MELZER, D. (2006). «Improving quality in health care», in Pencheon, D. [et al.] – Oxford hand- book of public health practice. 2nd ed. New York: Oxford University Press, pp 428-466.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (1985). As metas da saúde para todos: metas da estratégia regional europeia da saúde para todos. Lisboa: Departamento de Estudos e Planeamento. Ministério da Saúde.
ØVRETVEIT, J. (2001). «Quality assessment and comparative indicators in the Nordic countries», International Journal of Health Planning and Management, 16, pp 229-241.
ØVRETVEIT, J.; GUSTAFSON, D. (2002). «Evaluation of quality improvement programmes», Qual- ity & Safety in Health Care, 11, pp 270-275.
PALMER, R.H (1982). «A review of methods for ambulatory medical care evaluation», Medical Care, 20, pp 758-81.
POMEY, M.P. [et al.]. (2005). «Paradoxes of French accreditation», Quality & Safety in Health Care, 14: 1, pp 51-55.
RITCHIE, K. [et al.]. (2005). «Clinical governance: what does it mean for NHS Scotland?», Scot- tish Medical Journal, 50: 4, pp 147-149.
ROMANO, P.S. (2005). «Improving the quality of hospital care in America», The New England Journal of Medicine, 353: 3, pp 302-304.
SCHIFF, G. D.; RUCKER, T.D. (2001). «Beyond structure-process-outcome: Donabedian’s seven pillars and eleven buttresses of quality», The Joint Commission Journal on Quality Impro- vement, 27: 3, pp 169-174.
U.K. NATIONAL HEALTH SERVICE WALES. (2003). An introduction to clinic audit. Cardiff: Welsh As- sembly Government.
USA. JOINT COMMISSION ON ACCREDITATION OF HEALTH CARE ORGANIZATIONS (1993). The measurement mandate: on the road to performance improvement in health care. Chicago: JCAHO Editions.
VAN TIEL, F.H. [et al.] (2006). «Plan-do-study-act cycles as an instrument for improvement of compliance with infection control measures in care of patients after cardiothoracic sur- gery», Journal of Hospital Infection, 62: 1 (Nov 2006), pp 64-70.
VEILLARD, J. [et al.] (2005). «A performance assessment framework for hospitals: the WHO re- gional office for Europe PATH project», International Journal for Quality in Health Care, 17: 6, pp 487-496.
WALLEY, P.; GOWLAND, B. (2004). «Completing the circle: from PD to PDSA», International Journal of Health Care Quality Assurance, 17: 6, pp 349-358.
WHEATLAND, B. [et al.] (2006). «Initiating a PDSA cycle: improving management of diabetes in rural WA», Australian Family Physician, 35: 8 (Aug 2006), pp 650-654.
WHO (2003). Measuring hospital performance to improve the quality of care in Europe: a need for clarifying the concepts and defining the main dimension. Copenhagen: WHO Regional Office for Europe. World Health Organization.
WHO (2006). Quality of care: a process for making strategic choices in health system. Geneva: World Health Organization.
Qualidade; Políticas de Saúde, Avaliação