Grau de Adoção da Análise da Cadeia de Valor nas Maiores Empresas Industriais Portuguesas
Grau de Adoção da Análise da Cadeia de Valor nas Maiores Empresas Industriais Portuguesas
Índice
1. Introdução
2. Análise da Cadeia de Valor
3. Metodologia da Investigação e Definição das Hipóteses
4. Resultados
5. Conclusões
O objetivo deste trabalho é avaliar o grau de adoção da Análise da Cadeia de Valor, enquanto suporte da gestão estratégica de custos, nas maiores empresas industriais portuguesas. Da revisão de literatura sobre o tema podemos concluir que não existe “uma” Análise da Cadeia de Valor, existe um instrumento de contabilidade de gestão designado de Análise da Cadeia de Valor ou sistema de criação de valor que incorpora várias características, umas mais utilizadas que
outras por determinadas empresas, em determinadas situações, e com determinados objetivos.
Formuladas as questões e hipóteses de investigação, selecionaram-se 393 empresas industriais, entre as maiores empresas de oito agrupamentos sectoriais. Optou-se pela utilização do questionário como meio de recolha de dados, tendo-se obtido uma taxa de resposta de 39,9%. Os resultados obtidos permitem concluir que a maior parte das empresas adota a Análise da Cadeia de Valor interna num grau moderado a elevado, e a Análise da Cadeia de Valor externa num grau moderado. As maiores empresas industriais portuguesas adotam procedimentos no âmbito da Análise da Cadeia de Valor, ainda que não em elevado grau.
Maria Manuela Fantasia é doutorada em Contabilidade pela Universidade do Minho, é professora adjunta do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra e tem como áreas de interesse de pesquisa as áreas de Contabilidade de Gestão e Controlo de Gestão.
Lúcia Lima Rodrigues é Doutorada em Contabilidade pela Universidade do Minho, onde é Professora Associada com Agregação na Escola de Economia e Gestão. É Editora dos Book Reviews da European Accounting Association, Editora da revista científica Contabilidade e Gestão (Portuguese Journal of Accounting and Management) da Ordem dos Contabilistas Certificados, e autora e co-autora de vários livros, capítulos de livros e artigos publicados em revistas científicas de topo, como a Accounting, Organizations and Society ou a European Accounting Review.
Maria Manuela Fantasia has received a Ph. D. from the University of Minho. She is an Assistant Professor at the ISCA Busines School of Coimbra and she has research interest in the areas of Management Accounting and Management Control.
Lúcia Lima Rodrigues has received a Ph. D. from the University of Minho. She is an Associate Professor with Aggregation at the Economics and Management School of the University of Minho. Editor of Book Reviews of the European Accounting Association, Editor of the Portuguese Journal of Accounting and Management of the Portuguese Certified Accountants and author and co-author of several books, book chapters and articles published in leading scientific journals such as Accounting, Organizations and Society or the European Accounting Review.
Al-Omiri, M. e Drury, C. (2007). A survey of factors influencing the choice of product costing systems in UK organizations. Management Accounting Research. 18: 399-424.
Alves, M. (2002). Decisores e Informação Contabilística – Sua Influência nas Decisões Empresariais.Tese de Doutoramento, Universidade da Beira Interior, Covilhã, 500 pp.
Anderson, S. (2007). Managing costs and cost structure throughout the value chain: Research on strategic cost management. In: Chapman, C., Hopwood, A. e Shields, M. (eds.), Handbook of Management Accounting Research (481-506). Elsevier. Oxford.
Asociación Española de Contabilidad y Administración de Empresas (AECA) (2001). Gestión Estratégica de Costes. AECA. Madrid.
Associação Empresarial de Portugal (AEP). Acedido em 23 de Fevereiro de 2012, em: http://www.aeportugal.pt/Inicio.asp?Pagina=/Aplicacoes/SectoresEmpresariais/ListaSectores&Menu= MenuInfoEconomica.
Chang, C. e Hwang, N. (2002). The effects of country and industry on implementing value chain cost analysis. The International Journal of Accounting. 37: 123-140.
Chow, C. e Hwang, N. (2007). Linking value chain costs to products and customers: Survey and evaluation of largr U.S. manufacturing firms’ current practices. The Journal of Applied Business Research. 23: 75-86.
Cooper, R. e Slagmulder, R. (2004). Interorganizational cost management and relational context. Accounting, Organizations and Society. 29: 1-26.
Coulmas, N. e Matz, L. (1996). Strategic value chain analysis: A case study in the casual furniture industry. Advances in Management Accounting. 5: 229-248.
Cravens, K. e Guilding, C. (2001). An empitical study of the application of strategic management accounting techniques. Advances in Management Accounting. 10: 95-124.
Dekker, H. (2003). Value chain analysis in interfirm relationship: a field study. Management Accounting Research. 14: 1-23.
Drury, C., e Tayles, M. (2005) Explicating the design of overhead absorption procedures in UK organizations. The British Accounting Review. 37: 47-84.
Faria, A., Soares, I., Rocha, W., e Rossi, G. (2013) A prática de gestão de custos inter organizacionais em uma montadora de veículos na região do grande ABC. Revista Brasileira de Gestão de Negócios. 15: 617-638.
Gomes, C. (2007). A contabilidade de gestão e o custeio baseado nas atividades nas grandes empresas português: Os determinantes do custeio baseado nas atividades. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga. 353 pp.
Guilding, C., Cravens, K. e Tayles, M. (2000) An international comparison of strategic management accounting practices. Management Accounting Research. 11: 113-135.
Hergert, M. e Morris, D. (1989). Accounting data for value chain analysis. Strategic Management Journal. 10: 175-188.
Hwang, N. (1999). Value chain cost tracing and system obsolescence: An exploratory study of small to medium-sized companies. Journal of Applied Business Research. 15: 95-108.
Lorenzoni, G., Shank, J. e Silvi, R. (1999). Networked organizations: A strategic cost management perspetive. Acedido em 14 de Julho de 2011, em: http://ssrn.com/abstract=1012643.
Pestana, M. e Gageiro, J. (2008). Análise de dados para Ciências Sociais: A complementaridade do SPSS. 5ª edição, Edições Sílabo. Lisboa.
Porter, M. (1985). Competitive Advantage: Creating and sustaining superior performance. The Free Press. New York.
Porter, M. (1990). The Competitive Advantage of Nations. Macmillan Press. London.
Quesado, P. e Rodrigues, L. (2007). A gestão estratégica de custos em grandes empresas portuguesas [Versão eletrónica]. Revista Iberoamericana de Contabilidade de Gestão, V: 121-143.
Quesado, P. e Rodrigues, L. (2009). Fatores determinantes na implementação do Balanced Scorecard em Portugal. [Versão eletrónica]. Revista Universo Contábil, 5: 94-115.
Reckziegel, V., Souza, M. e Diehl, C. (2007). Práticas de gestão de custos adotadas por empresas estabelecidas nas regiões noroeste e oeste do Estado de Paraná. [Versão eletrónica]. Revista Brasileira de Gestão de Negócios (RBGN), 9: 14-27.
Rodrigues, A., Correia, E., Fantasia, M. e Nunes, R. (2001). Estado da contabilidade de gestão nas PME’S Portuguesas – Resultados de um estudo empírico. Jornal do Técnico de Contas e da Empresa, 427: 471-475.
Shank, J. (2001). Cases in Cost Management: A Strategic Emphasis. South-western college publishing. Boston.
Shank, J. e Govindarajan, V. (1993). Strategic Cost Management: The New Tool for Competitive Advantage. The Free Press. New York.
Society of Management Accountants of Canada, The (1996). Value chain analysis for assessing competitive advantage. In: Society of Management Accountants of Canada (eds.), Manegement Accounting Practices Handbook. Hamilton. Ontário.
Análise da cadeia de valor; contabilidade de gestão; gestão estratégica de custos; sistema de criação de valor.