Mecanismos de Controlo Societário: Evidência Empírica em Cinco Países Europeus
Mecanismos de Controlo Societário: Evidência Empírica em Cinco Países Europeus
Índice
1. O Governo Societário
2. Metodologia
3. Resultados e discussão
6. Conclusões
Ao longo das últimas décadas, os mecanismos do Governo Societário têm sido utilizados como método para alcançar vantagens competitivas face ao crescente dinamismo dos mercados. Esta investigação tem objetivo descrever de que forma os diversos mecanismos de controlo societário, influenciam o desempenho das empresas de cinco países Europeus. Tem ainda como objetivo caracterizar os mecanismos de controlo societário e o seu impacto no desempenho empresarial.
Para os concretizar, recorre-se em primeiro lugar, à análise descritiva e, posteriormente, à análise de regressão linear múltipla. Os resultados evidenciam que o desempenho empresarial é afetado negativamente pela Dimensão do Conselho de Administração, pela Dualidade do CEO e pela Concentração do Direito de Voto. Contrariamente, a relação é positiva com a Independência do Conselho de Administração e com a Presença de Mulheres no Conselho de Administração. Não apresenta correlações estatisticamente significativas com a Qualidade do Auditor. É de sublinhar que não existe convergência na distribuição de algumas variáveis (Turnover, Market Value, Dimensão do Conselho de Administração, Dualidade do CEO e Presença de Mulheres no Conselho de Administração) quando a amostra é dividida em dois grupos de países diferentes (Países Ibéricos vs. Bélgica, Holanda e França).
Mónica Susana Vasco Pereira
Audit Analyst na empresa Deloitte & Associados, SROC, S.A., desde setembro de 2016. Mestre em Contabilidade (2016) e licenciada em Finanças e Contabilidade (2014), pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE Business School). Audit Analyst at Deloitte & Associados, SROC, S.A., since September 2016. Master in Accounting (2016), and undergraduation in Finance and Accounting (2014), by ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE Business School).
Ilídio Tomás Lopes
Professor Auxiliar no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e investigador na Business Research Unit (BRU-IUL). Licenciado em Organização e Gestão de Empresas, Mestre em Estatística e Gestão de Informação, e Doutorado em Gestão, com especialização em Contabilidade (Universidade de Coimbra, Portugal). Membro do Conselho Fiscal do Banco BIC Português, S.A.. As principais áreas de investigação são: contabilidade financeira, governo das sociedades, avaliação da performance, e metodologias de investigação. Membro de comités científicos e editorias de eventos revistas científicas.
Professor at Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) and researcher at Business Research Unit (BRU-IUL). Undergraduate in Business Administration, he obtained a Master’s Degree in Statistics and Information Management and a PhD in Management, specializing in Accounting (University of Coimbra, Portugal). He also integrates the supervisory board of Banco BIC português, S.A.. His research is in the fields of financial accounting, corporate governance, auditing, business and performance, and research methodologies. Member of scientific and editorial boards in conferences and international journals.
.
Abreu, J. (2010). Governação das sociedades comerciais. Coimbra: 2ª Edição, Edições Almedina.
Akbar, A. (2015). THE ROLE OF CORPORATE GOVERNANCE MECHANISM IN OPTIMIZING FIRM PERFORMANCE: A CONCEPTUAL MODEL FOR
CORPORATE SECTOR OF PAKISTAN. Journal of Asian Business Strategy, 5(6), 109-115.
Aliyu, A. A., Bello, M. U., Kasim, R., & Martin, D. (2014). Positivist and Non-Positivist Paradigm in Social Science Research: Conflicting Paradigms or Perfect Partners? Journal of Management and Sustainability, 79-95.
Aljifri, K., & Moustafa, M. (2007). The Impact of Corporate Governance Mechanisms on the Performance of UAE Firms: An Empirical Analysis. Journal of Economic & Administrative Sciences, 23 (2), 71-87.
Almeida, J. E., Bortolon, P. M., Brugni, T. V., & Paris, P. K. (23 de Abril de 2013). Corporate governance: A panoramic view of Brazilian boards of directors. International Journal of Disclosure and Governance, pp. 406-421.
AlMubrad, T. (2011). Performance of the PT100 noncontact tonometer in healty eyes. Clinical Ophthalmology, 5: 661-666.
Al-Saidi, M., & Al-Shammari, B. (15 de setembro de 2012). Corporate governance in Kuwait: An analysis in terms of grounded theory. International Journal of Disclosure and Governance, pp. 129-160.
Alsinawi, A.-A., & Daraghma, Z. M. (2010). Board of Directors, Management Ownership, and Capital Structure and Its Effect on Performance: The Case of Palestine Securities Exchange. International Journal of Business and Management, 5 (11), 118-127.
Bandeira, P. (13 de 2 de 2006). IPCG. Obtido em 5 de 11 de 2015, de As propostas da CMVM para alteração dos modelos de governação das sociedades anónimas: http://www.cgov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=256&Itemid=21
Baysinger, B., & Butler, H. (1985). “Corporate Governance and the Board of Directors: Performance Effects of Changes in Board Composition. Journal of Law, Economics and Organization, 101-124.
Beattie, V. (2005). Moving the financial accounting research front forward: the UK contribution. The British Accounting Review, pp. 85-114.
Beekes, w., & Brown, P. (2006). Do Better-Governed Australian Firms Make More Informative Disclosures? Journal of Business Finance & Accounting, 422-450.
Bhagat, S., & Black, B. (2000). Board Independence and Long Term Firm Performance. Working Paper, Columbia Law School, USA.
Bhagat, S., & Black, B. (2001). The Non-Correlation Between Board Independence and Long Term Firm Performance. The Journal of Corporation Law, 231-274.
Cadbury, A. (1992). The Financial Aspects of Corporate Governance. Relatório escrito pelo British Committee on the Financial Aspects of Corporate Governance.
CMVM. (2008). CMVM. Obtido em 9 de 12 de 2015, de Relatório Anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas em Portugal: http://www.cmvm.pt/pt/estatisticasestudosepublicacoes/estudos/anexos/pages/200811 28a.aspx
Daraghma, Z. M. (2010). Board of Directors, Management Ownership, and Capital Structure and Its Effect on Performance: The Case of Palestine Securities Exchange. International Journal of Business and Management, 5, Nº 11, 118-127.
Deegan, C., & Rankin, M. (1996). Do Australian companies report environmental news objectively? An analysis of environmental disclosures by firms prosecuted successfully by the Environmental Protection Authority. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 50-50.
Dimitropoulos, P. E., & Tsagkanos, A. (2012). Financial Performance and Corporate Governance in the European Football Industry. International Journal of Sport Finance, 280-308.
Elsayed, K. (2007). Does CEO Duality Really Affect Corporate Performance? Corporate Governance, 15 (6), 1203-1214.
European Glaucoma Society. (2008). Terminology and Guidelines for Glaucoma. 3rd ed. Obtido em 25 de Maio de 2012, de http:// www.eugs.org.
Felício, J. A., & Villardón, M. P. (2014). Governance Mechanisms and Performance of Publicly Traded Companies. International Journal of Business and Management, 9 (12), 1-15.
Ghazali, N. A. (2010). Ownership structure, corporate governance and corporate performance in Malaysia. International Journal of Commerce and Management, 20 (2), 109-119.
Gordon, M., Beiser, J., Brandt, J., Heuer, D., Higginbotham, E. J., Keltner, J., . . . Kass, M. (2002). The Ocular Hypertension Treatment Study: baseline factors that predict the onset of primary open-angle glaucoma. . Arch Ophphthalmol, 120(6):714-720.
Guest, P. M. (2008). The determinants of board size and composition: Evidence from the UK. Journal of Corporate Finance, 14 (1), 51-72.
Haat, M. H., Rahman, R. A., & Mahenthiran, S. (2008). Corporate governance, transparency and performance of Malaysian companies. Managerial Auditing Journal, 23 (8).
Hunink, M., & Glasziou, P. (2001). Decision making in health and medicine: integrating evidence and values. Cambridge: Cambridge University Press.
Instituto Português da Qualidade. (2012). Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais e termos associados. Caparica: InMetro.
IPCG. (2002). Obtido em 4 de 11 de 2015, de Conceitos Básicos – Defina-se Corporate Governance: http://www.cgov.pt/index.phpoption=com_content&task=view&id=16&Itemid=14
Jensen, M., & Meckling, W. H. (1976). Theory of the firm: Managerial behavior, agency costs and ownership struture. Journal of Financial Economics, 305-360.
John, K., & Senbet, L. W. (1998). Corporate governance and board effectiveness. Journal of Banking e Finance, 22 (4), 371-403.
Judge, W. (2010). Corporate Governance Mechanisms Throughout the World. Corporate Governance: An International Review, 159-160.
Know, Y. (2005). Accounting Consrvatism and managerial Incentives. Management Science, 51 (11), 1626-1632.
Larcker, D. F., Richardson, S. A., & Tuna, Ì. (2007). Corporate Governance, Accounting Outcomes, and Organizational Performance. The Accounting Review, 82(4), 963-1008.
Laureano, R. M. (2011). Testes de hipóteses com o SPSS: O meu manual de consulta rápida. Lisboa: Edição Sílabo.
Lawrence, J., & Stapledon, G. P. (1999). Is Board Composition Important? A Study of Listed Australian Companies. 49.
Lee, Y. L., Huang, Y. L., Hsu, S. S., & Hung, C. H. (2013). Measuring the efficiencyand the efficiency and the effect of corporate governance on the biotechnology and medical equipment industries in Taiwan. International Journal of Economics and Financial Issues, 3(3), 662-672.
Martins, A., & Cunha, V. L. (20 de março de 2007). O Conselho de Administração e o desempenho das sociedades. Contabilidade e Gestão, pp. 67-92.
Ministério da Saúde. (2007). Proposta da Politica Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde. Obtido em 15 de Maio de 2012, de http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/proposta_politica_nacional_gestão.pdf.
Monteiro, M. A. (s.d.). IPCG. Obtido em 2015 de 12 de 9, de O Corporate Governance: http://www.cgov.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=327&Itemid=21
Nanka-Bruce, D. (5 de maio de 2011). Corporate Governance Mechanisms and Firm Efficiency. International Journal of Business and Management, pp. 28-40.
Nath, S. D., Islam, S., & Saha, A. K. (2015). Corporate Board Structure and Firm Performance: The Context of Pharmaceutical Industry in Bangladesh. International Journal of Economics and Finance, 7 (7), 106-115.
Nicolãescu, E. (2012). The mechanisms of Corporate Governance and their empirical relation to firm performance. Economics, Management, and Financial Markets, 7 (4), 203- 208.
Nunes, R., & Rego, G. (2002). Prioridades na Saúde, 1st ed. Lisboa: McGraw-Hill. Organização para a Cooperação e Desenvolmento Económicos. (2004). Os Princípios da OCDE sobre o Governo das Sociedades. Paris: OCDE.
Panerai, R., & Mohr, J. (1989). Health Technology Assessment methodologies for developing countries. Washington DC: Pan American Health Organization.
Perez, R. (2004). La Diversité des Modèles de Gouvernance d’Entreprises en Europe: Situation, Évolution. L’Option, Dossier – Vers des Identités Européennes d’Entreprises, 19.
Rose, C. (2007). Does female board representation influence firm performance? The Danish evidence. Corporate Governance, 15 (2), 404-413.
Santos, A. S., Vitorino, A., Alves, C. F., Cunha, J. A., & Monteiro, M. A. (2006). Livro Branco Sobre Corporate Governance em Portugal.
Schacknow, P., & Samples, J. (2010). The Glaucoma Book A pratical Evidence-Based Approach to Patient Care. Philadelphia PA: Springer.
Scott, W. R. (2012). Financial accounting theory. Toronto: Pearson.
Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). A Survey of Corporate Governance. The Jornal of Finance, 52 (2), 737-783.
Shleifer, A., & Vishny, W. (1997). A survey of corporate governance. Journal of Finance, 52(2), 737-783.
Sociedade Brasileira de Glaucoma. (2005). 2º Consenso Brasileiro de Glaucoma de Ângulo Aberto. Obtido em 2012 de Agosto de 25, de http://www.sbglaucoma.com.br/pdf/consenso02.pdf
The AGIS Investigators. (2000). The Advanced Glaucoma Intervention Study (AGIS): 7. The relationship between control of intraocular pressure and visual field deterioration. American Journal of Ophthalmology, 130:429-440.
Thiétart, R. A. (2001). Doing management research: A comprehensive guide. London: SAGE Publications.
Uadiale, O. M. (2010). The Impact of Board Structure on Corporate Financial Performance in Nigeria. International Journal of Business and Management, 5 (10), 155-166.
Villalonga, B., & Hamit, R. (2004). How Do Family Ownership, Control, and Management Affect Firm Value? Maastricht Meetings Paper, 3620.
Vintilã, G., Paunescu, R. A., & Gherghina, S. C. (2015). Does Corporate Governance Influences Corporate Financial Performance? Empirical Evidences for the Companies Listed on US Markets. International Business Research, 8 (8), 27-50.
Yermack, D. (1996). Higher valuation of companies with a small board of directors. Journal of Financial Economics, 40(2), 185-211.
desempenho empresarial, Euronext, governo societário, mecanismos de controlo