STRESSE LABORAL EM TRABALHADORES AUTÁRQUICOS
STRESSE LABORAL EM TRABALHADORES AUTÁRQUICOS
Índice
1. INTRODUÇÃO
2. MODELOS EXPLICATIVOS DO STRESSE
2.1. Modelo Transacional de Avaliação Cognitiva2.2. Modelo Exigências do Trabalho - Controlo
2.3. Modelo Dinâmico
2.4. Modelo Esforço-Recompensa de Siegrist
2.5. modelo holístico de Stress de Nelson e Simmons
2.6. Respostas ao stresse
3. MÉTODO
3.1. Amostra3.2. Instrumento
3.3. Procedimento
4. ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DADOS OBTIDOS
4.1. Análise das pontuações das subescalas4.2. Níveis de Risco dos Determinantes do Stresse
4.3. Sintomas do stresse
4.4. Influência das variáveis sociodemográficas e organizacionais
5. DISCUSSÃO DOS DADOS OBTIDOS E PROPOSTAS DE MELHORIA
6. CONCLUSÃO
Este trabalho visou analisar os determinantes e efeitos do stresse em trabalhadores do setor autárquico, bem como em elaborar propostas de potenciais melhorias. A metodologia utilizada consistiu num estudo de caso, com base na aplicação de um Questionário sobre Stresse no trabalho. O questionário está subdividido em três partes: A 1ª parte relativa a determinantes do stresse, a 2ª referente aos seus efeitos nos trabalhadores e a 3ª relativa aos dados sociodemográficos e organizacionais. O estudo é quantitativo, transversal e exploratório. A amostra é constituída por 207 indivíduos que trabalham nos diversos setores da organização. Os resultados obtidos, mostram que as subescalas associadas aos determinantes de stresse são por ordem decrescente, as seguintes: 1º Condições Físicas; 2º Carga de Trabalho; 3º Desenvolvimento da Carreira; 4º Equipamentos; 5º Equilíbrio Trabalho – Vida Pessoal; 6º Papel na Organização; 7º Relacionamento com colegas e chefias; 8º Organização do Trabalho; 9º Violência Física ou Psicológica. Ao nível das consequências, os dados obtidos revelam que 46,4% dos inquiridos indicam que o seu nível de stresse habitual é elevado ou muito elevado. De entre os sintomas de stresse mais correntes surgiram, com valores mais elevados: os Esquecimentos, os Distúrbios de sono, a Ansiedade, a Tensão muscular, a Irritabilidade excessiva, as Alterações do apetite, a Falta de energia para ir trabalhar de manhã. Foi analisado o impacto de algumas variáveis sócio demográficas e organizacionais sobre os indicadores de stresse.
Para além de alguma discussão dos dados obtidos, foram propostas algumas intervenções no sentido da melhoria da atenuação dos stressores.
Sofia Ferreira, Mestre em Higiene e Segurança no Trabalho (conclusão em 2017), tendo estudado no Instituto Politécnico de Setúbal, na Escola Superior de Ciências Empresariais. Trabalha na Câmara Municipal de Setúbal, onde desempenha funções de Técnica Superior de Segurança no Trabalho.
Maria Odete de Almeida Pereira, licenciada e mestre em Psicologia, possui um doutoramento em Gestão de Recursos Humanos, obtido em 2003. É Professora Coordenadora na Escola Superior de Ciências empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal. É Diretora do Mestrado em Higiene e Segurança no Trabalho do Instituto Politécnico de Setúbal.
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