Identificação inequívoca do doente: estado da arte num hospital central
Resumo:
Introdução: A Organização Mundial de Saúde classifica a identificação do doente como a primeira meta internacional de segurança, devendo os hospitais desenvolver estratégias para a sua implementação.
Metodologia: Trabalho descritivo e transversal com o objetivo de estudar o modo como os enfermeiros dos serviços de internamento e do ambulatório de um hospital central vivem o processo de identificação do doente.
Resultados: Aplicou-se questionário a 151 enfermeiros (51% da população). Amostra, maioritariamente feminina (78%) e licenciada (79%), refere que 49% dos profissionais não teve formação específica em segurança do doente.
Conclusão: Ainda há enfermeiros que desconhecem os identificadores inequívocos, considerando alguns o número da cama como um dado de identificação. Embora o uso de pulseira para identificação dos doentes faça parte da rotina dos serviços, a realidade demonstra que ainda não há a cultura de a conferir antes dos procedimentos, apesar de haver uma melhoria considerável, deste item, relativamente ao estudo de 2015. Formação e auditorias à aplicação do procedimento de identificação do doente e o desenvolvimento de uma cultura de segurança com registo de eventos adversos, deve manter-se ou mesmo incentivar-se para ajudar à identificação de potenciais problemas.
Abstract:
Introduction: The World Health Organization (WHO) classifies patient identification as the first international safety goal, thus, hospitals must develop strategies to implement the unequivocal identification of the patient.
Methodology: This is a descriptive cross-sectional study aimed to investigate how nurses from inpatient and outpatient services of a central hospital deal with the patient identification process.
Results: A questionnaire was applied to 151 nurses (51% of the population). Sample, mostly female (78%) and Graduated (79%), states that 49% of professionals had no specific training in patient safety.
Conclusion: There are still nurses who are unaware of unambiguous identifiers, some considering the bed number as an identification data. Although the use of wristbands to identify patients is part of the routine of services, reality shows that there is still no culture of checking them before procedures, despite a considerable improvement in this item compared to the 2015 study.
Training and audits of the application of the patient identification procedure and development of a safety culture whit recording of adverse events, should be maintained or even encouraged to help identify potential problems.
Maria Fátima Almeida has a degree in rehabilitation Nursing, Masters at Health Technology Assessment and Management and head nurse in internal neurotraumatology department at Hospital Egas Moniz – Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Its areas of interest: quality management, quality assessment, patient safety and management of health services.
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identificação do doente; qualidade e segurança do doente.
patient identification; quality and patient safety.