Qualidade e inovação: principais implicações nas organizações portuguesas
Qualidade e inovação: principais implicações nas organizações portuguesas
Índice
A Gestão da Qualidade Total tem sido amplamente aceite como um modelo de gestão que reforça as vantagens competitivas das empresas que o implementam com sucesso. Contudo, as condições de mercado alteram-se frequentemente e as organizações têm que se adaptar, mantendo a qualidade e, simultaneamente, tornarem-se flexíveis, possuindo capacidade de resposta e criatividade, o que significa serem inovadoras.
Inovar sem qualidade poderá conduzir a organização a um resultado efémero. Porém, o mercado pode não reconhecer essa inovação desprovida de qualidade. Neste sentido, é possível detectar sinais de convergência entre os conceitos de qualidade e inovação, que poderão resultar em benefícios recíprocos no âmbito das organizações.
A qualidade com vista à satisfação do cliente final é o outro lado da inovação, cuja finalidade será criar valor. Em suma, o resultado da implementação de estratégias de qualidade e de inovação conduzirão à criação de valor e, consequentemente, ao aumento da competitividade das organizações.
Com base no principal instrumento de recolha estatística de informação sobre Inovação da União Europeia, o Inquérito Comunitário à Inovação (Community Innovation Survey – CIS), este artigo analisa o processo e os efeitos da inova- ção na economia portuguesa. Esta análise permitiu obter uma visão global e efectuar comparações relativas à inovação empresarial, nos estados membros da União Europeia e, particularmente, em Portugal.
ALVES, A. (2005). Análise da qualidade na educação – o instrumento SERVQUAL aplicado à Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal (ESCE-IPS), Dissertação de Mestrado (não publicada),Instituto Politécnico de Setúbal, Setúbal.
BANCO MUNDIAL (2007). Relatório sobre o desenvolvimento mundial – o desenvolvimento e a próxima geração, Washington DC.
COOPER, J.R., (1998). ‘A multidimensional approach to the adoption of innovation’, Manage- ment Decision 38 (8), 493-502.
CROSBY, P. B. (1979). ‘Quality is free: the art of making quality certain’, New York: McGraw-Hill.
DEMING, E. (1992). Quality, productivity and competitive position, Massachusetts Institute of Technology, Cambridge.
DOSI, G. (1998). ‘The nature of innovative process», in DOSI, G. et al. (1988), Technical Change and Economic Theory, Pinter Publisher, p.221-238.
COMISSÃO EUROPEIA (1995). Livro verde sobre a inovação.
DRUCKER, P. (1985a). Inovação e espírito empreendedor (entrepreneurship): prática e princí- pios, Thomson Learning Ibero.
DRUCKER, P. (1985b). Inovação e gestão, Editorial Presença.
EUROPEAN COMMUNITIES (2006). European innovation progress report 2006, Belgium: Of- ficial Publications of the European Communities.
FREEMAN, C. e C. PEREZ (1988). ‘Structural crisis of adjustment, business cycles and inves- timent behaviour’. in Dosi, G. et al. (eds.) Technical Change and Economic Theory. Lon- don: Pinter Publishers.
FREEMAN, C. (1974). La teoria economica de la inovacion industrial, Madrid: Alianza Universi- dad.
FURTADO, A. e A. G. FREITAS (2004). ‘Nacionalismo e aprendizagem no programa de águas profundas da Petrobrás’, Revista Brasileira de Inovação – FINEP, Volume 3, Número 1, Jan-Jul.
GODINHO, M. M. e V. C. SIMÕES (2005). I&D, inovação e empreendedorismo, 2007-2013 Relatório Final, Lisboa: ISEG.
GONÇALVES, I. et al. (2006). CIS 4 Inquérito comunitário à inovação – quadros-síntese dos resultados, Lisboa: OCES.
GRIZENDI, E. (2005). Modelo linear X modelo interativo, Radar da Inovação.
HAMEL, G. e C.K. PRAHALAD (1994). ‘Competing for the Future’, Harvard Business School Press.
JURAN, J.M. (1988). ‘The quality function’, in JURAN, J.M. e F.M. GRYNA, (eds.), Juran’s qua- lity control handbook, 4th ed., New York: McGraw-Hill, 2.1-2.13.
KLINE, S e N. ROSENBERG (1986). ‘An overview of innovation’, in Landau, R e N. Rosenberg (orgs.), The positive sum strategy, Washington, DC: National Academy of Press.
LEWIS, B.R. (1989). ‘Quality in the service sector: a review’,, International Journal of Bank Mar- keting, Vol. 7 No. 5, 4-12.
MIZUNO, S. (1988). Company-wide total quality control, Tokyo: Asian Productivity Organization. NELSON, R. R. e S. WINTER (1982). An evolutionary theory of economic change, Cambridge:Belknap, Press of Harvard University Press.
OCDE (1997). Oslo manual, 2nd Edition – Eurostat
OCES (2006). Evolução da inovação empresarial em Portugal: 1998-2000 a 2002-2004, Lisboa: OCES.
ROSENBERG, N. (1979). Tecnologia y economia, Barcelona: G. Gilli.
REEVES, C. A. e D. A. BEDNAR (1994). ‘Defining quality: alternatives and implication’, Acad- emy of Management Review, 19, 419-445.
LANÇA, I. S. (2001). Mudança tecnológica e economia: crescimento, competitividade e indús- tria portuguesa, Oeiras: Celta.
SCHUMPETER, J. A. (1982). A teoria do desenvolvimento económico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo económico, 3ª edição, São Paulo: Abril Cultural.
TÉBOUL, J. (1991). Managing the quality dynamic, Edition number 01, Prentice-Hall.
WESTPHAL, J. D., R. GULARI e S. M. SHORTELL (1997). ‘Customization or conformity? An institutional and network perspective on the content and consequences of TQM adoption’, Administrative Science Quartely, 42, 366-394.
YAMIN, S., MAVONDO, F., GUNASEKARAN, A. SARROS, J., (1997). ‘A study of competitivestrategy, organizational innovation and organization performance among Australian manufacturing companies’, International Journal of Production Economics 52, 161-172.
ZALTMAN, G. et al. (1973). ‘Social marketing: an approach to planned social change», in Lazer e E. J. Kelley, Social Marketing. Illions: Richard D. Irwin Inc.
TQM, Inovação, EIS e CIS