Da Inovação Do Produto às Políticas de Inovação e Desempenho Organizacional na Saúde
A Inovação é um conceito explorado por distintas perspetivas teóricas, destacando-se a Economia, a Sociologia e a Administração, e tem sido considerada como uma espécie de motor para o desenvolvimento económico e social, e essencial para a competitividade de organizações. Pode ser estudada como a invenção e a implementação de uma prática de gestão, processo, estrutura ou técnica que é nova para o estado da arte e promove o alcance de objetivos e metas organizacionais. Este artigo propõe que a inovação pode ser determinante para o sucesso das organizações de saúde. Através de uma revisão de literatura sobre inovação do produto às políticas de inovação do desempenho organizacional, o artigo reflete o impacto que a adoção de inovação tem nas práticas de gestão e no desempenho organizacional. O nível de inovação e o seu foco na área da saúde está na prioridade de melhorar a governação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) visando obter melhores resultados face aos recursos disponíveis e uma maior eficiência, através da alocação de recursos humanos, tecnológicos e financeiros adequados. O documento oferece uma visão da importância de incrementar maior eficácia desde a inovação do produto às políticas de inovação e desempenho organizacional na saúde, através da transferência de conhecimento de forma a melhorar a qualidade, eficiência e equidade dos serviços prestados inseridos nos contratos de gestão assim como o aumento da autonomia e responsabilidade dos gestores do SNS.
Cristina Almeida has received a master´s from ISCTE Business School – Portugal. Has received PhD at ISCSP University of Lisbon – Portugal, and hospital administrator in University Hospital Center Lisbon.
Fernanda Nogueira is Currently Full Professor and Coordinator of the Human Resources Management and Policy Coordination Unit; Coordinator of the Postgraduate Course in People Management in Health and researcher and Coordinator of the “Health_Gov – Health Management and Policies” Research Line.
Catarina Gomes is an Associate Professor at School of Economic Sciences and Organizations (ECEO) /School of Economic Sciences and Organizations.
Beatriz Custódio has Graduated in Public Administration, with a master’s degree and postgraduate degree in Hospital Administration. Currently working at General Electric Healthcare as an Ultrasound Application Sales Specialist.
Afgan, N. H., & Carvalho, M. G. (2010). The knowledge society: a sustainability paradigm. Cadmus, 1(1), 28-41. http://cadmus.newwelfare.org/2010/10/23/the- knowledge- society-a-sustainability-paradigm/4/
Alves, C. A., Tiergarten, M., & de Araújo Jr, J. P. (2008). Vantagem competitiva a partir de uma abordagem de redes: estudo de caso da rede Graphia. Revista de Administração da UNIMEP, 6(3), 142-163.
analysis of competitive and collaborative strategies in the Swedish transport sector. Administration & Society, 52(2), 292-318.
Armbruster, H., Bikfalvi, A., Kinkel, S., & Lay, G. (2008). Organizational innovation: The challenge of measuring non-technical innovation in large-scale surveys. Technovation, 28(10), 644-657 https://doi.org/10.1016/j.technovation.2008.03.003
Beal, B. (2016). The Internet, Technology, and Social Work Education (Doctoral dissertation [Tese de Doutoramento, University of Georgia]. Repositório da University of Georgia. http://purl.galileo.usg.edu/uga_etd/beal_brendan_201605_phd
Bergh, P., Thorgren, S., & Wincent, J. (2011). Entrepreneurs learning together: The importance of building trust for learning and exploiting business opportunities. International Entrepreneurship and Management Journal, 7(1), 17-37. https://doi.org/10.1007/s11365-009-0120-9
Bilhim, J. (2013). Teoria Organizacional: Estruturas e Pessoas (7ª ed.). Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas.
Birkinshaw, J., Hamel, G., & Mol, M. J. (2008). Management innovation. Academy of management Review, 33(4), 825-845. https://doi.org/10.5465/amr.2008.34421969
Borko, H. (1968). Information science: what is it?. American documentation, 19(1), 3-5. https://doi.org/10.1002/asi.5090190103
Brierley, J. A., Cowton, C. J., & Drury, C. (2001). Research into product costing practice: European perspective. European Accounting Review, 10 (2), 215-256. https://doi.org/10.1080/09638180126635
Brown, J. R., Fazzari, S. M., & Petersen, B. C. (2009). Financing innovation and growth: Cash flow, external equity, and the 1990s R&D boom. The Journal of Finance 64(1), 151-185. https://doi.org/10.1111/j.1540-6261.2008.01431.x
Bukowitz, W. R., & Williams, R. L. (2002). Manual de gestão do conhecimento: ferramentas e técnicas que criam valor para a empresa. Bookman.
Calantone, R. J., Harmancioglu, N., & Droge, C. (2010). Inconclusive innovation “returns”: A meta‐ analysis of research on innovation in new product development. Journal of Product Innovation Management, 27(7), 1065-1081. https://doi.org/10.1111/j.1540-5885.2010.00771.x
Camara, P., Guerra, P., & Rodrigues, J. (2010). Novo Humanator – Recursos humanos e sucesso empresarial (4ª ed.). Dom Quixote.
Camisón, C., & Villar-López, A. (2014). Organizational innovation as an enabler of technological innovation capabilities and firm performance. Journal of business research, 67(1), 2891- 2902.
Campo, J. D. S. P. G., Pardo, I. P. G., & Perlines, F. H. (2014). Influence factors of trust building in cooperation agreements. Journal of Business Research, 67(5), 710- 714.
Cinar, E., Trott, P., & Simms, C. (2019). A systematic review of barriers to public sector innovation process. Public Management Review, 21(2), 264-290. https://doi.org/10.1080/14719037.2018.1473477
Cozzarin, B. P. (2017). Impact of organizational innovation on product and process innovation. Economics of Innovation and New Technology, 26(5), 405-417. https://doi.org/10.1080/10438599.2016.1204779
Cui, A. S., & Wu, F. (2016). Utilizing customer knowledge in innovation: antecedents and impact of customer involvement on new product performance. Journal of the academy of marketing science, 44(4), 516-538. https://doi.org/10.1007/s11747- 015-0433-x
Damanpour, F. (1991). Organizational innovation: A meta-analysis of effects of determinants and moderators. Academy of Management Journal, 34(3), 555-590. https://doi.org/10.5465/256406
De Vries, H., Bekkers, V., & Tummers, L. (2016). Innovation in the public sector: A systematic review and future research agenda. Public administration, 94(1), 146- 166.
Dias, C. N. (2015). A influência das redes interorganizacionais e da complementaridade de Dinkowski, T. G., & Pertile, L. C. (2019). Os desafios da governança da inovação nas empresas mais inovadoras do sul do Brasil. Revista Base (Administração e Contabilidade) da UNISINOS, 16(2), 256-288. http://www.revistas.unisinos.br/index.php/base/article/view/base.2019.162.04
Drucker, P. (1954). The practice of management. Harper & Row.
Dubouloz, S. (2013). Les barrières à l’innovation organisationnelle: Le cas du Lean Management. Management international/International Management/Gestiòn Internacional, 17(4), 121- 144. https://doi.org/10.7202/1020673ar
Forcadell, F. J., & Guadamillas, F. (2002). A case study on the implementation of a knowledge
Ganter, A., & Hecker, A. (2013). Deciphering antecedents of organizational innovation. Journal of business research, 66(5), 575-584. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2012.02.040
Gemser, G., & Perks, H. (2015). Co-creation with customers: An evolving innovation research field. Journal of Product Innovation Management, 32(5), 660-665.
Gomes, C. A., & Machado, A. G. C. (2018). Fatores que influenciam a inovação nos serviços públicos: o caso da Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, 23(74), 47-68. https://doi.org/10.12660/cgpc.v23n74.68005
Gomes, C. M., Kruglianskas, I., & Scherer, F. L. (2011). Gestão das fontes externas de informação: uma análise dos fatores que influenciam o desempenho inovador. Gestão & Produção, 18(4), 897-910.
Gunday, G., Ulusoy, G., Kilic, K., & Alpkan, L. (2011). Effects of innovation types on firm performance. International Journal of production economics, 133(2), 662- 676. https://doi.org/10.1016/j.ijpe.2011.05.014
Hamel, G. (2006). The why, what, and how of management innovation. Harvard business review, 84(2), 72.
Hao, M. A. (2004). Toward global competitive advantage creation, competition, cooperation, and cooption. Management Decision, New York, 42(7).
Harrington, H. J., Esseling, E. K., & Nimwegen, H. V. (1997). Business process improvement workbook. McGraw-Hill.
Howkins, J. (2001). The creative economy how people make money from ideas. Penguin.
http://www.revistas.unisinos.br/index.php/base/article/view/base.2019.162.04
https://doi.org/10.1111/padm.12209
https://doi.org/10.1177/0095399718789077
Hutt, M. D., Reingen, P. H., & Ronchetto Jr, J. R. (1988). Tracing emergent processes in marketing strategy formation. Journal of marketing, 52(1), 4-19. https://doi.org/10.1177/002224298805200102
inovadoras do sul do Brasil. Revista Base (Administração e Contabilidade) da UNISINOS, 16(2), 256-288.
Jacobs, S. R., Weiner, B. J., Reeve, B. B., Hofmann, D. A., Christian, M., & Weinberger, M. (2015). Determining the predictors of innovation implementation in healthcare: a quantitative analysis of implementation effectiveness. BMC health services research, 15(1), 1-13. https://doi.org/10.1186/s12913-014-0657-3
Kafouros, M., Buckley, P., Sharp, J., & Wang, C. (2008). The role of internationalization in explaining innovation performance. Technovation, 28(1-2), 63-74 https://doi.org/10.1016/j.technovation.2007.07.009
Kahn, K. B. (2018). Understanding innovation. Business Horizons, 61(3), 453-460. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2018.01.011
Lau, A. K., Yam, R. C., & Tang, E. (2011). The impact of product modularity on new product performance: Mediation by product innovativeness. Journal of Product Innovation Management, 28(2), 270-284. https://doi.org/10.1111/j.1540- 5885.2011.00796.x
Lavie, D., & Drori, I. (2012). Collaborating for knowledge creation and application: The case of nanotechnology research programs. Organization Science, 23(3), 704- 724.
Luce, B. R., Mauskopf, J., Sloan, F. A., Ostermann, J., & Paramore, L. C. (2006). The return on investment in health care: from 1980 to 2000. Value in Health, 9(3), 146-156. https://doi.org/10.1111/j.1524-4733.2006.00095.x
management strategy oriented to innovation. Knowledge and Process Management, 9(3), 162-171. https://doi.org/10.1002/kpm.143
Markusen, A., Wassall, G., DeNatale, D., & Cohen, R. (2008). Defining the Creative Economy: Industry and Occupational Approaches. Economic Development Quarterly, 22(1), 24- 25. https://doi.org/10.1177/0891242407311862
Mohr, J. J., & Sarin, S. (2009). Drucker’s insights on market orientation and innovation: implications for emerging areas in high-technology marketing. Journal of the Academy of Marketing Science, 37(1), 85.
Moreira, D. A., & Queiroz, A. C. (2007). Inovação Organizacional e Tecnológica. Thomson Learning.
Moreira, M. R., Gherman, M., & Sousa, P. S. (2017). Does innovation influence the performance of healthcare organizations?. Innovation, 19(3), 335-352. https://doi.org/10.1080/14479338.2017.1293489
Norman, D. A., & Verganti, R. (2014). Incremental and radical innovation: Design research vs. technology and meaning change. Design issues, 30(1), 78-96. https://doi.org/10.1162/DESI_a_00250
Organisation for Economic Co-Operation and Development, & Statistical Office Of The European Communities. (2018). Oslo Manual: Guidelines for Collecting and Interpreting Innovation Data. Paris: Organisation For Economic Co-Operation and Development. https://www.oecd-ilibrary.org/
Österberg, E., & Qvist, M. (2020). Public sector innovation as governance reform: A comparative
Paredes, B. J. B., Santana, G. A., & de Albuquerque Fell, A. F. (2014). Um estudo de aplicação do radar da inovação: o grau de inovação organizacional em uma empresa de pequeno porte do setor metalmecânico. Navus-Revista de Gestão e Tecnologia, 4(1), 76-88.
Queiroz, A. C. S., Albuquerque, L. G. D., & Malik, A. M. (2013). Gestión estratégica y innovación: estudio de caso en el contexto hospitalario. Revista de Administração (São Paulo), 48(4), 658-670. https://doi.org/10.5700/rausp1112
recursos no desempenho da inovação: Um estudo comparativo Brasil- Espanha no setor de pesquisa agropecuária [Tese de Doutoramento, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília]. Repositório UnB. http://dx.doi.org/10.26512/2015.06.T.19329
Reis, D. R. (2008). Gestão da Inovação Tecnológica (2.ªed.). Editora Manole.
Sarkar, S., & Costa, A. I. (2008). Dynamics of open innovation in the food industry. Trends in Food Science & Technology, 19(11), 574-580. https://doi.org/10.1016/j.tifs.2008.09.006
Schweizer, R., Vahlne, J. E., & Johanson, J. (2010). Internationalization as an entrepreneurial process. Journal of International Entrepreneurship, 8(4), 343- 370. https://doi.org/10.1007/s10843-010-0064-8
Simões, J. (2009). Retrato Político da Saúde – Dependências do percurso e inovação em saúde: da ideologia ao desempenho. Almedina.
Tidd, J., Bessant, J., & Pavittt, K. (2008). Gestão da Inovação (3ª ed.). Artmed.
Tzabbar, D., Aharonson, B. S., & Amburgey, T. L. (2013). When does tapping external sources of knowledge result in knowledge integration?. Research Policy, 42(2), 481-494. https://doi.org/10.1016/j.respol.2012.07.007
Varis, M., & Littunen, H. (2010). Types of innovation, sources of information and performance in entrepreneurial SMEs. European Journal of Innovation Management, 13(2), 128-154. https://doi.org/10.1108/14601061011040221
Woodman, R. W., Sawyer, J. E., & Griffin, R. W. (1993). Toward a theory of organizational creativity. Academy of management review, 18(2), 293-321. https://doi.org/10.5465/amr.1993.3997517
Zheng, S., Zhang, W., & Du, J. (2011). Knowledge‐based dynamic capabilities and innovation in networked environments. Journal of Knowledge Management, 15(6), 1035-1051. https://doi.org/10.1108/13673271111179352
Teoria Contingencial, Desenvolvimento Organizacional, Inovação do Produto, Práticas de Gestão, Conhecimento Organizacional