A Autonomia para uma Avaliação Construtivista: o Caso do Ensino Superior em Angola
A Autonomia para uma Avaliação Construtivista: o Caso do Ensino Superior em Angola
Índice
A qualidade da prestação das instituições de ensino superior (IES) quando procurada a partir das avaliações assentes na autonomia jurídico-formal escassamente desenvolve a sustentabilidade da autonomia sócio-organizacional, em decorrência do desgarro da realidade institucional dos países da trajectória sócioprofissional e académica dos actores, mas apegadas ao instrumentalismo liberal e à procura das zonas de conforto institucional. A presente recensão propõe-se a discutir a influência das autonomias para a efetivação de uma avaliação construtivista, visando gerar uma compreensão pragmática sobre o ciclo autonomia-avaliação-autonomia nas IES em Angola. O estudo funda-se numa abordagem qualitativa, refletindo um olhar sobre uma realidade concreta mediante a descrição das práticas, das perceções e dos ideários dos actores, incluindo a interpretação de normativos legais. A conclusão sintética é de que, os actores das IES em Angola, enquanto herdeiros da identidade da única Universidade que deteve durante décadas o monopólio do subsistema, apesar de tomarem decisões avaliativas sempre que podem e entendem, raramente esquivam-se da cultura do normativismo, condicionando, de certa forma, os efeitos emancipatórios que as avaliações perseguem em última instância.
Ver artigo
Avaliação. Autonomia. Legitimidade académica. Tomada de
decisões