Diferentes visões sobre KPI compostos
Diferentes visões sobre KPI compostos
A utilização de KPI (Key Performance Indicators) ou Principais Indicadores de Desempenho é usual para traduzir o desempenho das organizações, evidenciando as fraquezas e forças de uma organização.
Um KPI pode ser simples, como medida absoluta de uma grandeza, ou composto, traduzindo o desempenho de um processo composto por várias medidas. Assiste-se a uma tendência crescente para a utilização de indicadores compostos acreditando-se que estes, pela sua complexidade, traduzem melhor o desempenho dos processos. No entanto, o seu cálculo é geralmente baseado em médias simples, não se ponderando os diversos fatores que o compõem.
No Politécnico de Lisboa afere-se a qualidade dos processos na ótica da acreditação dos cursos e na ótica da certificação ISO 9001. Por exemplo, na quantificação da satisfação dos alunos são aplicados questionários que avaliam múltiplos aspetos do ensino. Das múltiplas questões são construídos KPI compostos que pretendem traduzir o desempenho do ensino no Politécnico de Lisboa e nas suas oito escolas. Foi simulado o cálculo dos KPI compostos utilizando a média simples e também médias ponderadas. Estas foram determinadas por auscultação de estudantes e professores relativamente à importância de cada uma das questões que contribuem para os KPI. Os resultados mostram alguma variabilidade demonstrando que um indicador composto não é uma simples média de indicadores simples. A construção de KPI compostos implica que se estude e determine a importância de cada um dos indicadores. Acresce que esta ponderação poderá ser diferente para as diferentes partes interessadas trazendo para estes indicadores uma nova dimensão de avaliação.
Indicadores de Desempenho, KPI, Processos, Qualidade.
Aparicio, J., & Kapelko, M. (2019). Enhancing the measurement of composite indicators of corporate social performance. Social Indicators Research, 144(2), 807–826.
Araújo, L., Saltelli, A., & Schnepf, S. V. (2017). Do PISA data justify PISA-based education policy? International Journal of Comparative Education and Development, 19(1), 1–17.
Balcerzak, A. P., & Pietrzak, M. B. (2017c). Sustainable Development in the European Union in the years 2004-2013. In M. H. Bilgin and H. Danis, E. Demir, & U. Can (Eds.). Regional Studies on Economic Growth, Financial Economics and Management. Proceedings of the 19th Eurasia Business and Economics Society. Vol. 7, Springer, Berlin pp. 193–213.
Becker, W., Paruolo, P., Saisana, M., & Saltelli, A. (2017). Weights and importance in composite indicators: Mind the gap, In R. Ghanem, D. Higdon, H. Owhadi (Eds.), Handbook of Uncertainty Quantification, pp. 1187–1216, Berlin: Springer.
Boulanger, P.-M. (2014). Elements for a comprehensive assessment of public indicators, Report EUR 26921 EN. Retrieved June 2024 from http://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/bitstseam/JRC92162/lbna26921enn.pdf.
Cheba, K., & Szopik-Depczyńska, K. (2017). Multidimensional comparative analysis of the competitive capacity of the European Union countries and geographical regions. Oeconomia Copernicana, 8(4), 487–504.
OECD-JRC (2008). Handbook on constructing composite indicators: Methodology and user guide, OECD Statistics working paper JT00188147, STD/DOC(2005)3.
Ravallion, M. (2010). Mashup indices of development, Policy Research Working Paper 5432, World Bank Development Research Group. Retrieved May, 2024 form http://documents.worldbank.org/curated/en/45479 14683 29342 000/pdf/WPS54 32.pdf
Saisana, M., Saltelli, A., & Tarantola, S. (2005). Uncertainty and sensitivity analysis techniques as tools for the quality assessment of composite indicators. Journal of the Royal Statistical Society, A, 168(2), 307–323.
Stiglitz, J., Sen, A., & Fitoussi, J.-P. (2009). Report by the Commission on the Measurement of Economic Performance and Social Progress. Retreived June 2024 from, http://ec.europa.eu/eurostat/documents/118025/11812 3/FitoussiCommissionreport.
Torres-Salinas, D., Moreno-Torres, J. G., Delgado-López-Cózar, E., & Herrera, F. (2011). A methodology for Institution-Field ranking based on a bidimensional analysis: The IFQ2A index. Scientometrics, 88, 771–786.
Wilsdon, J. (2016). The metric tide: The independent review of the role of metrics in research assessment and management. Thousand Oaks: Sage Publications.